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“O mundo não nos vai perdoar”: há 58 países na mira das deportações de Trump, mas “diplomacia da força” pode prejudicar EUA

A expulsão de milhares de pessoas para países de onde não são oriundos e a imposição de taxas aduaneiras elevadas, medidas contra as quais as nações menos poderosas pouco podem, fazem parte da nova “diplomacia musculada” que Donald Trump tem priviligiado. Mas resulta? E qual a diferença entre os números de deportações (maiores) no tempo de Obama e o fenómeno atual?

Protesto contra deportações nos Estados Unidos
Annabelle Gordon/EPA

Donald Trump começou o ano a tentar convencer dezenas de países, com mais ou menos ameaças como forma de persuasão, a aceitar as pessoas que o Presidente dos Estados Unidos (EUA) não deseja ter no seu país. Segundo a análise do jornal “The New York Times” a documentos diplomáticos, Washington abordou diretamente 29 países na Europa, América Latina, África e Ásia. E o Departamento de Estado solicitou aos diplomatas no exterior que abordassem pelo menos outros 29 países, na sua maioria em África, totalizando pelo menos 58. Sete concordaram com o pedido, com os demais há conversas em curso.