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“As ideologias extremas nascem de uma nostalgia da unidade”: Gilles Lipovetsky em entrevista ao Expresso

Para o filósofo francês, os extremismos surgem da “radicalização dos princípios da modernidade” e da “vontade de recompor um tipo de sociedade anterior à modernidade”. De visita a Portugal para participar numa conferência em Viseu, o autor de “A Era do Vazio” defende que a adesão ao jiadismo não resulta de um hiperindividualismo – pelo contrário, porque os jovens recrutados passam a sentir-se parte de uma comunidade

Gilles Lipovetsky
Eric Fougere/VIP Images/Corbis/Getty Images

O filósofo francês Gilles Lipovetsky participou a 14 de setembro na conferência “Novos Fanatismos na Era do Hiperindividualismo”, organizada pelo BEIRA – Observatório de Ideias Contemporâneas Azeredo Perdigão, no Solar do Vinho do Dão, em Viseu.

Após o seu painel, intitulado “Figuras do Extremismo Contemporâneo”, o autor do livro “A Era do Vazio” falou ao Expresso sobre fanatismos, a situação política em França, a dependência europeia em relação aos Estados Unidos em matéria de defesa, a adesão de jovens ao jiadismo e a importância da moderação nas redes sociais.