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Duas centenárias que participaram nos planos do Dia D falam ao Expresso: “Se não tivesse êxito, provavelmente teríamos perdido a guerra”

Aos 103 anos, a britânica Christian Lamb conta ao Expresso como ajudou a criar os mapas que serviriam de coordenadas aos soldados que desembarcaram na Normandia, e que acabaria por alistar-se na secção feminina da marinha britânica. O mesmo fez Patricia Owtram, que aos 100 anos recorda os dias em que escutava as comunicações dos navios alemães. Histórias vívidas que demonstram o papel pouco conhecido das mulheres na preparação do Dia D

Christian Lamb tem três filhos, sete netos e 15 bisnetos. Publicou vários livros sobre jardinagem, uma das suas paixões

No Dia D, há precisamente 80 anos, mais de 156 mil soldados das forças aliadas desembarcaram nas praias da Normandia. A maior operação anfíbia de sempre foi o momento de viragem, definitivo, da história da 2ª Guerra. Nem uma única mulher integrou a operação (a única exceção foi a jornalista Martha Gellhorn, que fez a travessia escondida num navio-hospital). Mas o heroísmo dos homens que desembarcaram só foi possível com a ajuda das mulheres que trabalharam na retaguarda. Mulheres como Patricia Owtram ou Christian Lamb, duas centenárias residentes em Londres que reviveram para o Expresso as suas memórias da guerra.