Na manhã deste domingo, o aeroporto de Hamburgo continuava fechado. O encerramento teve início na noite de sábado, depois de a polícia alemã ter sido chamada ao local para lidar com um homem que ultrapassou uma barreira e entrou de carro no aeroporto com uma criança. Em causa estará um conflito pela custódia da menina, admite a polícia.
O homem terá cerca de 35 anos e está acompanhado por uma rapariga de quatro anos, que será sua filha, e estará com o veículo estacionado sob um avião da Turkish Airlines, informou um porta-voz da polícia, segundo a agência Reuters. "A operação continua. Os nossos negociadores estão em contacto com a pessoa que estava no carro", divulgou já este domingo a polícia alemã na rede social X.
A Agência de notícias espanhola EFE afirma que o homem mantém a filha de 4 anos de idade refém e a mãe da menina já se tinha dirigido à polícia para denunciar um possível rapto da criança pelo pai no âmbito de um conflito de custódia.
Várias horas após o início do impasse, que começou por volta das 20h30, (19h30 em Lisboa), a polícia disse ter estabelecido contacto com o homem dentro do carro. A comunicação com o invasor está ser feita com o recurso à colaboração de um tradutor turco, revelou ainda um porta-voz das forças policiais.
O homem terá disparado pelo menos um tiro, segundo Sandra Levgrün, porta-voz do Departamento de Polícia de Hamburgo, mas nenhum ferimento foi relatado. Os passageiros a bordo do avião localizado perto do veículo e de outros aviões foram levados para um hotel próximo, disse também a polícia.
As autoridades aeroportuárias de Hamburgo afirmaram que 286 voos com cerca de 34500 passageiros estavam programados para este domingo.
Na rede social X, a polícia local pede aos passageiros e a todos os vão buscar pessoas que deveriam ter chegado durante a manhã para não se dirigirem ao aeroporto uma vez que a maioria dos acessos estão bloqueados.
Em declarações a uma canal regional da televisão pública NDR citadas pelo jornal francês LE Monde, a porta-voz da polícia Sandra Levgrun, afirma: “Mobilizámos psicólogos policiais e estamos neste momento a falar com o autor destes actos. Procuramos uma solução negociada”. A polícia considera “muito bom sinal” o fato de o pai ter permanecido em contato com as autoridades “durante tanto tempo”.
Notícia atualizada às 11h51