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Geórgia: resistência à lei de inspiração russa simbolizou a vontade de adesão à União Europeia

O recuo do Governo georgiano quanto à proposta de lei dos “agentes estrangeiros” é vista como uma vitória da sociedade civil. Mas o objetivo da população vai mais além. Uma representante da Associação de Jovens Advogados da Geórgia descreve ao Expresso que a ida às ruas foi também forma de assinalar a vontade de integração europeia

ZURAB KURTSIKIDZE

A proposta de lei dos “agentes estrangeiros”, que levou milhares de pessoas a protestar em Tbilissi, foi formalmente afastada. Na votação desta sexta-feira, 35 deputados chumbaram a proposta, um votou a favor e a maioria absteve-se.

Tamar Oniani, diretora do programa de direitos humanos da Associação de Jovens Advogados da Geórgia (GYLA), considera serem necessárias mais ações para impedir o Governo de voltar a apresentar a proposta. “As declarações do Sonho Georgiano [partido do primeiro-ministro Irakli Garibashvili] revela que pensam que este protesto público não foi sincero e que as pessoas foram enganadas. Anunciaram em público que vão ter algum tipo de encontro para sensibilizar a opinião pública”, disse a ativista ao Expresso.