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Giorgia Meloni e Silvio Berlusconi às turras por causa do vodca de Putin

Revelações embaraçosas para o antigo primeiro-ministro enfraquecem o seu partido nas negociações para formar o próximo Executivo. Giorgia Meloni, chefe da extrema-direita, será primeira-ministra nos próximos dias

FLAVIO LO SCALZO/REUTERS

A direitista radical Giorgia Meloni — que desde as legislativas de 25 de setembro, há menos de um mês, faz tudo quanto pode para ganhar imagem de moderada — está a dias de ser convidada pelo Presidente da República italiana para formar Governo. O seu Executivo de coligação com dois partidos conservadores (a Liga de Matteo Salvini e o Força Itália de Silvio Berlusconi) poderá nascer já este fim de semana.

É um recorde para Itália, pela rapidez na formação da equipa governativa, por ser a primeira vez que à frente está uma mulher e porque a União Europeia contará com um Executivo não meramente de direita, mas encabeçado por um partido que procede genealogicamente do Movimento Social Italiano, força neofascista nascida já em democracia, após a II Guerra Mundial.