A direitista radical Giorgia Meloni — que desde as legislativas de 25 de setembro, há menos de um mês, faz tudo quanto pode para ganhar imagem de moderada — está a dias de ser convidada pelo Presidente da República italiana para formar Governo. O seu Executivo de coligação com dois partidos conservadores (a Liga de Matteo Salvini e o Força Itália de Silvio Berlusconi) poderá nascer já este fim de semana.
É um recorde para Itália, pela rapidez na formação da equipa governativa, por ser a primeira vez que à frente está uma mulher e porque a União Europeia contará com um Executivo não meramente de direita, mas encabeçado por um partido que procede genealogicamente do Movimento Social Italiano, força neofascista nascida já em democracia, após a II Guerra Mundial.