Internacional

Escalada de tensão em Gaza provoca 32 mortos palestinianos

Numero dois da Jihad Islâmica e mais cinco dirigentes palestinianos foram mortos em "ofensiva preventiva" lançada por Israel. Cinco países reclamam reunião urgente da ONU para evitar escalada do conflito

IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS

"Ofensiva preventiva" lançada, sexta feira, por Israel contra os territórios palestinianos na Faixa de Gaza causou já 32 mortos e 215 feridos, segundo o Ministério da Saúde do enclave palestiniano. Entre os mortos está o líder e numero dois da Jihad islâmica, Taiseer al-Jabari, confirmaram responsáveis palestinianos que acusam ainda Israel de ter causado a morte de crianças, entre as quais de uma menina de cinco anos.

As autoridades israelitas contrariam este abalanço, garantindo que as crianças palestinianas morreram no sábado, vítimas do disparo falhado de um foguete da Jihad Islâmica que tinha Israel como alvo.

O crescendo de tensão no território levou já a que cinco países do Conselho de Segurança da ONU solicitassem uma reunião de emergência, segundo anunciaram os Emirados Árabes Unidos (EAU). "Os EAU, como membro do Conselho de Segurança da ONU, apresentaram um pedido juntamente com a China, França, Irlanda e Noruega para realizar uma reunião fechada do Conselho na próxima segunda-feira para discutir a situação atual e formas de apoiar os esforços internacionais para alcançar uma paz abrangente e justa", informou no sábado à noite a agência de notícias Emirati WAM.

O ataque militar israelita começou na sexta-feira como uma "ofensiva preventiva" reclamada por Israel contra alvos específicos na Faixa de Gaza. Os ataques aéreos traduzem-se no que é considerado como o pico mais grave de violência na área desde 2021. O contra-ataque palestiniano levou ao lançamento de mais de 350 foguetes, a grande maioria dos quais atingiu áreas abertas ou foram intercetados pelo sistema de defesa aérea de Israel.

Entre o total de mortos até ao momento, contam-se seis membros da Jihad islâmica, entre os quais o dirigente número dois em Gaza e líder da ala armada na parte central e norte do enclave. O Exército israelita confirmou, este sábado, ter "neutralizado" os líderes "militares" do grupo da Jihad Islâmica em Gaza.