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Eleições francesas: o exercício de cidadania dos portadores de deficiência

O processo de reflexão sobre em quem votar nas presidenciais também se treina. Uma associação que acompanha adultos com deficiência mental, em Paris, dá apoio a estes eleitores para que compreendam os programas dos candidatos e tomem a sua decisão. Patrick e Françoise, que exercem o seu direito de voto nestas presidenciais, têm preocupações que variam da imigração ao apoio financeiro

A permissão a pessoas com deficiência para exercer o direito de voto alargou o universo de eleitores em 80 mil pessoas
LUDOVIC MARIN/AFP/Getty Images

As presidenciais deste domingo em França são marcadas por avanços nos direitos dos portadores de deficiência mental. Depois de uma mudança legislativa em 2019, dezenas de milhares de pessoas recuperaram o direito ao voto. Trata-se de portadores de deficiência mental sob tutela, que anteriormente tinham sido privados pelos tribunais de ir às urnas. Estão em causa cerca de 80 mil novos eleitores, escreveu a France TV.

Além disso, é uma estreia para os candidatos, impelidos a apresentar as principais ideias dos programas políticos numa linguagem destinada a pessoas com deficiência ou dificuldades de compreensão. Os aspirantes à presidência disponibilizaram uma versão “fácil de ler e compreender” (FALC, na sigla francesa), em que se “privilegia o uso de palavras comuns e frases curtas associando pictogramas ao texto”, explica a comissão nacional de controlo da campanha.