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Decapitada pelo Tribunal Constitucional angolano, UNITA promete não baixar os braços

O líder do maior partido da oposição, Adalberto da Costa Júnior, foi destituído por ordem judicial. UNITA garante que continua a lutar pela alternância democrática e decidirá o futuro no dia em que o Presidente João Lourenço profere o discurso do estado da nação

Isaías Samakuva e Adalberto da Costa Júnior, dirigentes da UNITA
AMPE ROGÉRIO/AFP/Getty Images

Dois anos depois de ter abandonado a presidência da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva viu-se esta sexta-feira forçado a reassumir transitoriamente a liderança do maior partido da oposição no país lusófono. Isso resulta da decisão do Tribunal Constitucional (TC) que, em acórdão proferido quinta-feira, declarou nulo o XIII Congresso daquele partido, que elegera Adalberto da Costa Júnior para o cargo.

“Não nos podemos distrair com o que nos pode dividir, o momento é de serenidade, tranquilidade e de unidade”, afirmou o antigo líder do movimento fundado por Jonas Savimbi. A decisão judicial obriga Costa Júnior a submeter-se a novo sufrágio. “Pôs-se à jeito e subestimou alguns avisos internos”, comentou ao Expresso o jurista Rosário Feliciano.