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Taiwan, Japão e rede 5G entre as prioridades da nova aliança entre EUA, Reino Unido e Austrália

Submarinos nucleares australianos e caças furtivos de última geração japoneses, somados à detenção de figuras de proa do regime chinês, ao bloqueio à entrada da Huawei na rede 5G e à exigência de uma investigação independente sobre a origem do coronavírus, indiciam uma tormenta no Pacífico em “defesa de interesses comuns”. O Expresso falou com peritos americanos sobre a nova aliança com o Reino Unido e a Austrália, denominada ‘Aukus’. Taiwan pode ser próximo ponto de contenda

Austrália vai respeitar lei reinvidicada pela China depois de Camberra comprar submarinos nucleares dos Estados Unidos
Yuri Ramsey/Forças Armadas Australianas/Getty Images

A estratégia americana de viragem para Oriente acelerou por força do que Washington classifica de manobras agressivas de Pequim no Mar do Sul da China. O almirante James Stavridis, comandante Supremo da NATO até 2013, e o general Ben Hodges, ex-chefe das forças americanas na Europa, abordaram esta questão prioritária da agenda de segurança global em entrevistas recentes ao Expresso, alertando para a inevitabilidade de um conflito.

A retirada americana do Afeganistão relacionar-se-á, assim, com a necessidade de investir onde importa. Sinal disso, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, quarta-feira, que o Pentágono supervisionará a venda de submarinos nucleares à Austrália. Desde a II Guerra Mundial apenas um aliado, o Reino Unido, teve acesso a tal tecnologia. São precisamente estes três países que protagonizam, desde esta semana, um pacto de segurança conhecido pelo acrónimo ‘Aukus’.