Dentro de décadas, a caótica retirada dos Estados Unidos de Cabul, completada há duas semanas, ocupará provavelmente menos espaço nos livros de História do que a decisão de Washington de se reaproximar da Austrália em matéria de poder naval no Oceano Pacífico.
Quarta-feira, 15 de setembro, o Presidente americano, reunido por videoconferência com os primeiros-ministros do Reino Unido e da Austrália, anunciou um acordo estratégico que visa cerrar fileiras contra a perspetiva de expansão do poder naval chinês na região do Indo-Pacífico. A primeira consequência deste acordo, doravante designado pelo acrónimo Aukus, será a construção de um número não especificado de submarinos de propulsão nuclear australianos.