George W. Bush, o Presidente norte-americano que em 2001 deu ordem para os Estados Unidos da América invadirem o Afeganistão, está a acompanhar a tomada de poder no país por parte dos talibã “com uma tristeza profunda”.
Em comunicado, o inquilino da Casa Branca entre 2001 e 2009 diz isto: “A Laura [Bush, a sua mulher] e eu temos estado a acompanhar os eventos trágicos que estão a desenvolver-se no Afeganistão com uma tristeza profunda. Os nossos corações estão pesados por causa dos cidadãos afegãos que já sofreram tanto, e também por causa dos americanos e os aliados da NATO que já sacrificaram tanto.”
Lembrando que os afegãos que agora correm “o maior risco” são aqueles que “têm estado na linha da frente do progresso do seu país” nos últimos anos, Bush filho diz que os EUA “têm autoridade legal” para tirar do Afeganistão esses e outros cidadãos, e fazê-lo de forma rápida e “segura” - “sem atrasos burocráticos”, sublinha.
De seguida, Bush agradece o serviço de todos os militares norte-americanos que, nos últimos anos, têm estado no Afeganistão, aproveitando para enquadrar a sua própria decisão de 2001: "Todos os dias temos ficado humildes com a vossa coragem e esforço. Vocês eliminaram um inimigo brutal e negaram à Al Qaeda um porto seguro, ao mesmo tempo que construíam escolas, enviavam mantimentos e disponibilizavam assistência médica. Mantiveram a América segura de outros ataques terroristas [depois do 11 de Setembro], providenciaram duas décadas de segurança e oportunidade para milhões de pessoas, e fizeram a América orgulhosa.”
Há 20 anos, os EUA invadiram o Afeganistão por causa das ligações próximas entre os talibãs, o grupo extremista que à época governava o país, e a Al Qaeda, o grupo terrorista responsável pelo 11 de Setembro. Agora, Bush diz que está “optimista” em relação ao futuro do Afeganistão, muito devido ao facto de 65% da população do país ter menos de 25 anos: “As escolhas que os jovens fizerem sobre oportunidade, educação e liberdade também vão determinar o futuro do Afeganistão”, aponta.