O primeiro-ministro israelita assegurou este domingo que a campanha militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, que já matou dezenas de civis, vai continuar "com força total" e que demorará tempo a terminar.
Numa declaração na televisão israelita, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel quer que o Hamas "pague um preço elevado" e argumentou que o objetivo é "devolver paz, segurança e dissuasão" após quase uma semana de combates.
Os bombardeamentos na madrugada deste domingo arrasaram três edifícios e fizeram pelo menos 42 mortos, no ataque mais mortífero desde o início da campanha contra o Hamas, na segunda-feira passada.
Em cinco minutos, foram destruídos três edifícios localizados numa rua central de uma zona residencial. O ministério da Saúde de Gaza afirmou que 16 mulheres e 10 crianças estão entre as vítimas mortais.
No sábado, as forças armadas israelitas afirmaram ter destruído a casa do chefe do Hamas, Yahiyeh Sinwar, num ataque dirigido à cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Entre os alvos destruídos por Israel estão alguns dos maiores edifícios residenciais e de escritórios de Gaza, que os militares alegam que alojavam infraestruturas militares do Hamas. Um dos edifícios destruídos acolhia as delegações da agência de notícias Associated Press e da cadeia de televisão árabe Al-Jazeera, entre outros órgãos de comunicação social.
Israel diz às Nações Unidas que "vai fazer tudo o que for necessário para se defender"
Israel defendeu este domingo nas Nações Unidas a sua campanha de bombardeamentos a Gaza, que já fez quase 200 mortos, incluindo 58 crianças, afirmando que está a tomar todas as medidas possíveis para proteger civis.
O embaixador israelita na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, responsabilizou o movimento islamita Hamas pelas mortes de civis, argumentando que se Israel usa bombas para proteger as suas crianças, o Hamas usa crianças para proteger os seus mísseis.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os bombardeamentos israelitas da madrugada passada provocaram a morte de 42 pessoas, entre as quais dez crianças e 12 mulheres, aumentando o balanço dos ataques para pelo menos 188 mortos.
Gilad Erdan insistiu que o seu país ataca terroristas, enquanto o Hamas ataca civis em Israel e usa a população como escudo humano.
Intervindo por videoconferência no Conselho de Segurança da organização, o diplomata afirmou que Israel "vai fazer tudo o que for necessário para se defender" do que classificou como "um ataque em massa não provocado por parte do Hamas".
A escalada de violência foi desencadeada na parte oriental de Jerusalém no mês passado, quando manifestantes palestinianos se envolveram em confrontos com a polícia por causa de táticas policias empregues durante o mês do Ramadão.
O centro dos confrontos foi a mesquita de Al-Aqsa, um ponto sensível localizado num local de Jerusalém que é sagrado para muçulmanos e judeus. Na segunda-feira, o Hamas disparou 'rockets' sobre território israelita, desencadeando a resposta militar sobre o território onde vivem mais de dois milhões de palestinianos, alvo de um bloqueio desde que o movimento islamita conquistou o poder.