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Crispação é palavra de ordem nas eleições de Madrid

A conservadora Isabel Díaz Ayuso, presidente do governo regional, será reconduzida nas eleições de 4 de maio. Precisará do apoio da extrema-direita para continuar no poder, após uma campanha de inaudita violência verbal e política

Debate televisivo entre os candidatos à presidência do governo regional de Madrid, em abril de 2021. Dias depois, nova contenda na rádio foi interrompida a pós o abandono de parte dos candidatos. Na foto, da esquerda para a direita, Pablo Iglesias (Unidas Podemos); Rocío Monasterio (Vox); Mónica García (Mais Madrid); Isabel Díaz Ayuso (PP); Ángel Gabilondo (PSOE); e Edmundo Bal (Cs)
J. HELLIN/EUROPA PRESS/GETTY IMAGES

Nunca umas eleições regionais em Espanha atingiram o grau de polarização, crispação e radicalização que caracterizam as autonómicas da Comunidade de Madrid, marcadas para a próxima terça-feira, 4 de maio. Nem nos piores momentos do conflito separatista catalão se viu coisa assim.

Convocadas de surpresa pela presidente do governo regional, Isabel Díaz Ayuso que se recandidata pelo Partido Popular (PP, conservador) face à ameaça de moção de censura inspirada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), as eleições converteram-se num confronto de âmbito nacional entre blocos ideológicos antagónicos. A campanha que termina este fim de semana passou ao lado de qualquer discussão de programas, antes centrando-se em ataques mútuos entre candidatos e às ideias que representam.