Internacional

Covid-19: Itália dá um passo atrás e regressa ao confinamento esta segunda-feira

Aumento das novas infeções obriga o governo de Mário Draghi a dar um passo atrás. Metade das 20 regiões do país, incluindo a capital, voltam a fechar-se em casa

Stefano Montesi - Corbis/Getty Images

A Europa começa a desacertar o passo na corrida contra a pandemia. No mesmo dia em que Portugal vai dar início a um novo desconfinamento, Itália voltar a fechar-se entre portas. A partir de segunda-feira, metade das 20 regiões italianas, incluindo Roma e as grandes cidades de Milão e Veneza, vão ficar sob confinamento.

As novas restrições em algumas das maiores regiões de Itália vão manter-se até início de abril e são uma tentativa, mais uma, para travar o novo coronavírus. Em 24 horas, o território somou 26 mil novas infeções, 320 mortes e uma expansão da variante do Reino Unido, mais eficaz a infetar e agora prevalente, e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, ficou sem opção a voltar a fechar os italianos em casa.

De agora em diante, o país fica dividido por cores, a encarnado ou a cor-de-laranja nos piores casos. Nestas situações, a população só pode sair de casa para trabalhar ou por questões de saúde, todas as lojas não essenciais ficam encerradas e o setor da restauração limitado a entregas ao domicílio ou a take-way, por exemplo.

A soma de mais de 250 novas infeções por 100 mil habitantes numa semana dita a entrada imediata em isolamento. Durante a Páscoa, todo o país vai ser ‘pintado’ a encarnado, ficando em confinamento nacional de 3 a 5 de abril.

A taxa de transmissão atual ronda 1,6. Itália foi o epicentro da pandemia na Europa e o primeiro país ocidental a impor o confinamento, em março do ano passado. Totaliza 3.149.017 infeções confirmadas e 101.184 mortes, o sexto número mais elevado do mundo.