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“A fraternidade é mais duradoura do que o fratricídio.” A mensagem que fica da histórica viagem do Papa Francisco ao Iraque

Em quatro dias o chefe dos católicos visitou as reduzidas comunidades cristãs e testemunhou a destruição causada pelos jiadistas do Daesh. Encontro com o ayatollah A-Sistani foi momento de alto simbolismo
Francisco celebrou missa em Mosul, onde a destruição causada pelo Daesh ainda é visível
Ismael Adnan/Picture Alliance/Getty Images

Ricardo García Vilanova, no Iraque

Mosul deixou de ser a terra do terror, onde se decapitava e torturava no período mais negro da sua história milenar. As bandeiras negras já não ondeiam na cidade, que está cheia de vida, mas ainda paira sobre ela a sombra de ter sido uma das três capitais do autodenominado Estado Islâmico (Daesh) — com Raqqa na Síria e Sirte na Líbia.

Domingo foi, porém, dia de festa. Mosul recebeu a visita do Papa, na 33.ª viagem do seu pontificado. Francisco não chegou como vencedor, mas para construir uma ponte de diálogo entre cristãos e muçulmanos.

A visita de quatro dias ao Iraque terminou esta segunda-feira, tendo o chefe dos católicos partido do aeroporto de Bagdade após deixar mensagens de paz e reconciliação. No fim da última missa que celebrou, disse em idioma árabe “Salam, salam, salam” (Paz, paz paz).