No passado mês, um grupo de cerca de 300 militantes armados subiu em vários barcos o rio Rovuma, entre a Tanzânia e Moçambique, desde o oceano Índico, para atacar a cidade tanzaniana de Kitaya, matando pelo menos 20 pessoas, entre soldados e civis, e destruindo um hospital e um aquartelamento do exército, antes de regressar às suas bases no Norte de Moçambique. Este ataque, que foi depois reivindicado pelo Estado Islâmico Província da África Central (ISCAP), confirma a internacionalização do terrorismo islâmico na região.
Precisamente no mesmo dia, um outro grupo do ISCAP atacou a vila moçambicana de Macomia, na costa da província de Cabo Delgado, tendo sido rechaçado pelas forças armadas de Moçambique. Na mesma semana, grupos de militantes também atacaram e destruíram algumas aldeias em Olumbi, perto de Palma, às portas do local onde duas multinacionais planeiam construir um dos maiores terminais de gás natural liquefeito do mundo.