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Moçambique. Terrorismo islâmico já passa as fronteiras

Primeiro grande ataque do Daesh no Sul da Tanzânia internacionaliza a insurgência

Mãe com o filho ao colo, numa aldeia incendiada do Norte do país
foTO Marco Longari/Getty Images

No passado mês, um grupo de cerca de 300 militantes armados subiu em vários barcos o rio Rovuma, entre a Tanzânia e Moçambique, desde o oceano Índico, para atacar a cidade tanzaniana de Kitaya, matando pelo menos 20 pessoas, entre soldados e civis, e destruindo um hospital e um aquartelamento do exército, antes de regressar às suas bases no Norte de Moçambique. Este ataque, que foi depois reivindicado pelo Estado Islâmico Província da África Central (ISCAP), confirma a internacionalização do terrorismo islâmico na região.

Precisamente no mesmo dia, um outro grupo do ISCAP atacou a vila moçambicana de Macomia, na costa da província de Cabo Delgado, tendo sido rechaçado pelas forças armadas de Moçambique. Na mesma semana, grupos de militantes também atacaram e destruíram algumas aldeias em Olumbi, perto de Palma, às portas do local onde duas multinacio­nais planeiam construir um dos maio­res terminais de gás natural liquefeito do mundo.