Um gestor do departamento de tecnologia do Citigroup, empresa tida como a maior do mundo na área dos serviços financeiros, foi despedido depois de se ter descoberto que era responsável por um site associado à QAnon, uma teoria da conspiração cujos partidários elogiam Donald Trump, sendo retribuídos por ele.
A QAnon, que adquiriu grande projeção nos últimos anos, diz, entre outras coisas, que líderes democratas norte-americanos estão envolvidos numa rede de pedofilia e tráfico humano e que atacam Trump por o Presidente ser alegadamente quem mais combate essa rede.
A QAnon também defende teorias sem fundamento científico sobre vacinas e extraterrestres, entre outros assuntos. Com a pandemia em pleno curso e tensões sociais acesas nos Estados Unidos, a preocupação com os efeitos potenciais da desinformação na internet cresceu muito, e a QAnon tem sido alvo de restrições por parte das grandes redes sociais.
O Facebook acaba de proibir todos os grupos ligados à QAnon, mas resta saber qual a eficácia real dessas medidas. Quando há meses o Twitter baniu algumas das contas ligadas à QAnon, uma notícia deu conta de que dezenas de milhares delas continuavam operacionais.
A medida agora anunciada pelo Citigroup em relação ao seu empregado, que operava um site chamado QMap.pub, foi justificada pela empresa numa declaração citada pela Reuters onde a certa altura se lê: "O nosso Código de Conduta inclui políticas específicas cuja adesão é requerida aos empregados, e quando são identificados incumprimentos a empresa toma ação".