O ex-operacional do KGB foi chamado a socorrer o antigo chefe das cooperativas agrícolas e não falhou à chamada do passado soviético que une a Rússia à Bielorrússia: Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, presidentes desses dois países, respetivamente, normalizaram as relações que tinham esfriado por altura da anexação da Crimeia (pela Rússia à Ucrânia), em 2014.
Quem chegou de mão estendida foi Lukashenko, envolto num mar de revolta do seu povo. “É de Putin a última palavra sobre se Lukashenko cai e isso gera entre os bielorrussos o medo de que a Rússia possa vir a ter um papel mais ativo no país”, diz ao Expresso Yauheni Preiherman, diretor do centro de estudos internacionais Minsk Dialogue. Um eufemismo para anexação, ou “incorporação”, como o próprio Lukashenko acusou Putin de querer fazer, em fevereiro, antes de precisar de ajuda?