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Quem é a princesa vermelha da Coreia do Norte?

Kim Yo-jong, a irmã de Kim Jong-un e vice-diretora do departamento de Propaganda do Partido dos Trabalhadores Coreanos, poderá vir a governar a potência nuclear mais opaca do planeta? Ninguém sabe. Comparada com a Coreia do Norte, a vizinha China parece um modelo de transparência

JORGE SILVA/AFP via Getty Images

António Caeiro

Depois de três semanas sem ser visto em público, Kim Jong-un reapareceu no 1º de Maio, acompanhado pela irmã, Kim Yo-jong, uma figura cada vez mais proeminente na cena política norte-coreana, apontada como provável sucessora do “Supremo Líder”. Uma sucessora interina, tipo regente, enquanto os três filhos do irmão, todos com menos de dez anos, não tiverem idade para continuar a dinastia fundada pelo avô, Kim Il-sung, em 1948. Por ora, a questão da sucessão parece menos premente, mas a obesidade e os alegados problemas cardiovasculares de Kim Jong-un poderão não desaparecer tão cedo, limitando a sua capacidade para governar.

Como tudo o que diz respeito à família Kim, sabe-se muito pouco acerca da irmã do “Supremo Líder” e o que se “sabe” é conhecido através de terceiras pessoas. O antigo chefe japonês de Kim Jong-il, Kenji Fujimoto, conta que o pai do atual líder tratava a filha por “princesa Yo-jong” ou “Doce Yo-jong”, e fazia questão de a sentar sempre ao seu lado esquerdo. Um alto funcionário russo que em 2002 viajou durante 24 dias de comboio com Kim Jong-il, Konstantin Pulikovsky, escreveu que ele “elogiava a inteligência” de Yo-jong. “Dos meus filhos — confidenciou-lhe o então líder norte-coreano — Jong-un e Yo-jong mostraram interesse nas questões políticas e estou a planear educá-los e escolher um deles como meu sucessor”. (Kim Jong-il só se deslocava de comboio e foi assim que viajou até Moscovo). Na altura, os dois filhos tinham 18 e 15 anos, respetivamente.

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