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“Os traficantes de droga têm muito mais proteção do Estado do que eu”: Ruth Monteiro, ex-ministra da Guiné-Bissau

Impedida de sair do país, Ruth Monteiro, ex-ministra da Justiça e dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, esteve escondida na capital da Guiné-Bissau durante quase dois meses. O Governo português conseguiu colocá-la num voo de repatriamento para Lisboa na semana passada, mas, segundo contou ao Expresso, esteve para ser detida até ao último momento

Advogada e com dupla nacionalidade, portuguesa e guineense, foi nomeada ministra da Justiça pelo primeiro-ministro Aristides Gomes (também ele obrigado a esconder-se) em julho de 2019, pouco antes da ­maior apreensão de cocaína de sempre no país. Foi um mandato curto. No final de fevereiro, Umaro Sissoco Embaló tomava posse como Presidente da República, sem esperar que o Supremo Tribunal decidisse sobre uma queixa de irregularidades nas eleições presidenciais de dezembro passado. E logo a seguir depunha o Governo com a ajuda dos militares.

Houve uma altura, há quase 15 anos, em que a Guiné-Bissau passou a ser considerada internacionalmente um narcoestado. Isso correspondia à verdade?

Às vezes a questão do nacionalismo e do amor ao país faz-nos dizer que não, que não seria um narcoestado. Talvez numa definição pura do que é um narcoestado possamos dizer que faltava ainda alguma coisa para chegarmos a esse ponto.

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