Os preços do petróleo enfrentam esta segunda-feira a maior queda diária em 29 anos depois de a Arábia Saudita ter desencadeado uma guerra de preços. A notícia, avançada pela agência Reuters, vem agitar um mercado que já sofre com o impacto do coronavírus Covid-19 na procura mundial.
O reino saudita reduziu os seus preços oficiais de venda e divulgou planos para um aumento da produção de petróleo no próximo mês. O anúncio segue-se à relutância da Rússia em fazer um novo corte na produção, que fora proposto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para estabilizar o mercado.
Ao baixar os preços oficiais de venda para entre seis e oito dólares o barril, o maior exportador de petróleo tenta castigar a Rússia, o segundo maior produtor mundial, por não ter seguido as recomendações que a OPEP fez na semana passada.
O barril de Brent está a caminho do seu valor mais baixo desde 17 de janeiro de 1991, quando os preços caíram no início da primeira Guerra do Golfo.
Os esforços da China para travar o surto do Covid-19 têm perturbado a segunda maior economia do mundo e reduzido os envios para aquele que é o maior importador de petróleo.
Além disso, prossegue a Reuters, a propagação do vírus para outras grandes economias, como a Itália e a Coreia do Sul, e o número crescente de casos nos EUA fizeram subir as preocupações de que a procura de petróleo irá afundar-se este ano.
Os atuais membros da OPEP são Arábia Saudita, Angola, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné Equatorial, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria, República do Congo e Venezuela.