O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, anunciou esta terça-feira à tarde que vai apresentar a demissão, conta o jornal "El País".
"Vou-me deslocar ao Palácio Baabda para apresentar a demissão do Governo em resposta aos muitos libaneses que saíram para as ruas", disse num discurso na televisão.
O governante cai duas semanas depois do início dos protestos no país, que fecharam bancos, escolas e universidades, na sequência do anúncio do aumento de impostos, nos quais constava uma taxa por utilização do WhatsApp, o sistema de mensagens.
A gota de água foi o WhatsApp, tal como no Chile foram os aumentos dos bilhetes do metro, mas os outros impostos, o mau funcionamento do país e a corrupção que corre nas entranhas da governação levaram milhares para a rua pelo país fora.
De acordo com o Banco Mundial, diz o diário espanhol, 25% da população vive na pobreza, enquanto a situação económica geral continua a revelar sinais pouco esperançosos. A dívida do país, cerca de 77 mil milhões de euros, é o equivalente a 150% do PIB.
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