A audiência de extradição de Julian Assange solicitada pelos Estados Unidos foi adiada para junho. Segundo o “Guardian”, a advogada Gareth Peirce explicou esta quinta-feira em tribunal que o fundador do Wikileaks não conseguiu responder ao juiz por videoconferência na última audiência devido ao seu estado de saúde.
A juiza sugeriu que a próxima audição possa ter lugar no próximo dia 12 de junho no Estabelecimento Prisional de Belmarsh, onde Julian Assange se encontra detido, se todas as partes envolvidas concordarem.
De acordo com a defesa, o estado de saúde de Julian Assange – que foi detido no passado dia 11 de abril na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu durante os últimos sete anos –, continua a deteriorar-se. Depois de o porta-voz do Wikileaks ter anunciado esta terça-feira que Assange fora transferido para a ala hospitalar da prisão de Belmarsh devido à sua contínua perda de peso, um dos advogados do ativista australiano alegou que a situação clínica do seu cliente agravou-se desde o início do mês.
Em comunicado, a Wikileaks refere que estado de saúde de Assange tem-se deteriorado significativamente após sete anos de exílio na embaixada do Equador “sob condições que são incompatíveis com os direitos humanos”.
“Durante as últimas sete semanas em Belmarsh a situação de Assange continuou a agravar-se, tendo perdido muito peso. A decisão dos responsáveis da prisão de transferi-lo para a ala hospitalar fala por sim”, acrescenta o comunicado.
No passado dia 2 de maio, Julian Assange foi condenado no Reino Unido a 50 semanas de prisão por ter quebrado o regime de liberdade condicional quando se refugiou na embaixada do Equador em Londres, em 2012.
O fundador do Wikileaks, que é acusado de crimes por divulgação de informações confidenciais do Estado norte-americano, é alvo de dois processos de extradição para os EUA e para a Suécia, que poderão levar vários meses. Na Suécia, Assange enfrenta acusações de violação, que remontam a 2010.