Internacional

Suécia reabre processo de Assange em caso de violação

Ministério Público sueco quer que o fundador do Wikileaks possa ser julgado por este caso antes de o crime prescrever em 2020

JONATHAN NACKSTRAND/GETTY

A procuradora-adjunta sueca anunciou esta segunda-feira a reabertura da investigação sobre o alegado caso de violação que envolve o fundador do Wikileaks, Julian Assange.

A decisão do Ministério Público sueco surge na sequência de um pedido do advogado de uma das queixosas, depois de Julian Assange ter sido detido no passado dia 11 de abril na embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu durante os últimos sete anos. O objetivo é que Assange possa ser julgado por este caso antes de o crime prescrever no próximo ano.

“Depois de Assange ter sido detido no Reino Unido, estão reunidas as condições para pedir a sua transferência face ao mandado de captura europeu e concluir a investigação sobre o caso interrompida há dois anos”, explicou a procuradora-adjunta Eva-Marie Persson, sublinhando que como está em causa outro processo de extradição as autoridades britânicas deverão decidir tendo em conta a “prioridade” dos casos.

O fundador do Wikileaks, de 47 anos, continua a negar as duas acusações de violação na Suécia, que remontam a 2010.

No passado dia 2 de maio, Assange foi condenado no Reino Unido a 50 semanas de prisão por ter quebrado o regime de liberdade condicional quando se refugiou na embaixada do Equador em Londres, em 2012.

Julian Assange, que é acusado de crimes por divulgação de informações confidenciais do Estado norte-americano, é alvo também de um processo de extradição para os EUA, que poderá levar vários meses.

No início do mês, Assange disse que não quer entregar-se para ser extraditado para os EUA “por ter feito jornalismo que obteve vários prémios e protegeu muitas pessoas.”