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“É uma vergonha que o nosso país tenha passado por isto”: a reação de Trump ao relatório que o iliba

“Para ser honesto, é uma vergonha que o vosso Presidente tenha passado por isto mesmo antes de eu ser eleito”, acrescentou. Após quase dois anos de investigação, o procurador especial, Robert Mueller, concluiu não existirem provas de acordo ou coordenação entre Moscovo e a campanha de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2016

CARLOS BARRIA/ reuters

O Presidente dos EUA, Donald Trump, cantou vitória este domingo depois de o relatório do procurador especial, Robert Mueller, ter concluído que a sua campanha eleitoral não conspirou com a Rússia.

“Depois de uma longa investigação, depois de tantas pessoas terem sido gravemente afetadas, depois de não se olhar para o outro lado, onde muitas coisas más aconteceram, foi anunciado que não houve conluio com a Rússia”, disse Trump em West Palm Beach, na Flórida, antes de apanhar o voo de regresso a Washington. “Foi a coisa mais ridícula que alguma vez ouvi”, sublinhou.

“Foi uma completa e total ilibação. É uma vergonha que o nosso país tenha passado por isto. Para ser honesto, é uma vergonha que o vosso Presidente tenha passado por isto mesmo antes de ser eleito”, acrescentou.

Trump fica “totalmente ilibado”, diz Casa Branca

Após quase dois anos de investigação, Mueller concluiu não existirem provas de acordo ou coordenação entre Moscovo e a campanha de Trump nas eleições presidenciais de 2016.

As conclusões do relatório, divulgadas este domingo pelo secretário da Justiça norte-americano, William Barr, constituem uma incontestável vitória para o Presidente dos EUA, que há meses repetia não ter havido qualquer conluio, e melhoram as perspetivas de uma reeleição em 2020.

“As investigações do procurador especial não determinaram que a equipa da campanha eleitoral de Trump ou qualquer pessoa a ela associada se tenham entendido ou coordenado com a Rússia nos seus esforços para influenciar a eleição presidencial norte-americana de 2016”, indicou Barr num e-mail de quatro páginas enviado ao Congresso e tornado público logo a seguir.

A Casa Branca considerou, através da sua porta-voz, Sarah Sanders, que, com este relatório, o Presidente fica “totalmente ilibado”.

Não há conclusões definitivas sobre obstrução

Quanto à outra questão central da investigação, uma eventual obstrução à justiça por parte de Trump, Mueller não emitiu uma conclusão definitiva.

Apesar de este relatório não concluir que o Presidente cometeu um crime, também não o exonera, escreveu o procurador especial, citado pelo secretário da Justiça.

No entanto, Barr, primeiro destinatário do tão aguardado relatório da investigação, conclui que o documento, que analisou desde sexta-feira, não menciona qualquer crime suscetível de desencadear procedimentos judiciais com base numa obstrução à justiça.