“Creio que não temos nada como isso no nosso país”. E por “isso” entenda-se homossexualidade. A frase foi dita pelo ministro do Turismo da Malásia, Mohammaddin Ketapi, quando questionado durante uma entrevista pela estação de televisão pública alemã. Tinham-lhe perguntado se o país era seguro para visitantes LGBT e judeus.
As declarações foram produzidas durante uma das maiores feiras de turismo do mundo, ITB Berlim, na Alemanha. Quando a pergunta lhe foi colocada pela primeira vez, Ketapi evitou e fugiu. Os jornalistas insistiram e depois lá respondeu. Desde então, o governo malaio tem tentado relativizar o que foi dito, até porque a Malásia tem como objetivo chegar este ano aos 30 milhões de visitantes.
A Malásia é um país maioritariamente muçulmano e esta não é a primeira vez que um membro do Executivo causa polémica na questão da igualdade. O primeiro-ministro, Mahathir Mohamad, disse que a homossexualidade faz parte dos “valores ocidentais”. “Não nos forcem com isso”, disse, depois de ter indicado que a homossexualidade deveria ser mantida em segredo.
Acusado pelo político alemão, Volker Beck, de ter uma política anti homossexuais e judeus, o Governo de Malásia tem enfrentado várias críticas em relação ao seu posicionamento relativamente a vários grupos minoritários.