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Autárquicas 2021

"Eu sou um político diferente". Moedas quer virar Lisboa para depois virar o país

Ordem é para bipolarizar: ou eu, ou ele. Carlos Moedas arrancou campanha oficial com um comício de pouco mais de meia hora no Teatro da Trindade, onde apontou o dedo ao socialismo "nocivo" da "arrogância e da impunidade". Primeiro em Lisboa, depois no país: é preciso mudar

Ana Baiao

Apesar de as sondagens continuarem a dar Carlos Moedas atrás de Fernando Medina, e com pouco mais do que a soma dos votos do PSD e CDS nas últimas autárquicas, Carlos Moedas começou e terminou o comício de arranque da campanha oficial ao som de canções de vitória. Primeiro "Busy Earnin" dos Jungle, depois "Heroes", de David Bowie. O candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS quer ser o herói que vai libertar Lisboa do "socialismo da arrogância, prepotência e impunidade", primeiro, para depois libertar o país do mesmo mal. Para isso acredita ter dois trunfos: a bipolarização (ou ele ou Medina) e o fator 'diferença'.

"Eu sou um político diferente, que vem de uma vida diferente; eu consigo ser consensual; acredito nos políticos e na política, mas também acredito que os políticos sem os não políticos não seriam os mesmos", disse perante uma plateia repleta de 'jotas' com bandeiras da coligação Novos Tempos e com membros da campanha tanto do PSD como do CDS, com o vice-presidente social-democrata Nuno Morais Sarmento na fila da frente - e com direito a agradecimento pessoalizado.