Para garantir o cumprimento das metas da mobilidade elétrica estimadas para Portugal até 2050, será necessário construir 76 mil novos pontos de carregamento, o que corresponderá a um investimento de cerca de 1,5 mil milhões de euros.
O objetivo é ter, até àquela data, uma rede nacional com um total de 82. mil pontos de carregamento, para carros elétricos, dos quais 76 mil são referentes a novos investimentos.
219 milhões de euros para o hidrogénio
Estas são algumas das principais conclusões de um estudo divulgado esta segunda-feira pela Mobi.E, a operadora da rede de carregamento para carros elétricos em Portugal, onde apurou ainda que, em matéria de rede de abastecimento de hidrogénio, será necessária a construção de 37 estações de serviço, até 2030, o que pode custar 219 milhões de euros – cerca de seis milhões de euros por cada unidade de abastecimento.
A incerteza associada ao futuro do hidrogénio “é ainda elevada”, de acordo com o estudo da Mobi.E, “ não havendo indicação por parte das empresas transportadoras ou distribuidores urbanos do caminho que seguirão relativamente à aquisição deste tipo de veículos”, até porque, sublinham os responsáveis do estudo, “a indústria ainda está a trabalhar no desenvolvimento de propostas comerciais interessantes”.
Poupança de 1,9 mil milhões
No apoio à mobilidade elétrica o país dispõe atualmente de 5.766 pontos de carregamento, tendo ultrapassado a meta intermédia de 5.250 que tinha sido definida para 2022. Até 2025, a expectativa é de aumentar esse valor para os 9.044, segundo a Mobi.E.
Quanto aos novos postos de carregamento previstos, a Mobi.E refere que irão permitir uma poupança de 3,3 milhões de toneladas de CO2, “o que representa um benefício económico de 1,9 mil milhões de euros”.