Exclusivo

Transportes

Alemanha e Bruxelas chegaram a acordo nos motores de combustão, que podem sobreviver depois de 2035: o que está em causa

Depois de ameaçar vetar a nova regra que impede a venda de veículos com motores de combustão a partir de 2035, a Alemanha conseguiu de Bruxelas uma eventual exceção para os eletrocombustíveis. Três perguntas e respostas para compreender o que está em discussão

DBenitostock/Getty Images

A União Europeia (UE) queria que os carros com motores a combustão - isto é, movidos a combustíveis fósseis (para já) - deixassem de ser vendidos nos 27 a partir de 2035. Mesmo na reta final, já com as novas regras aprovadas pelo Parlamento Europeu em fevereiro, o culminar de um processo legislativo que implica o acordo prévio entre os países, a Alemanha deu o dito por não dito: sem consenso dentro do próprio Governo, pediu à Comissão Europeia que os carros movidos a combustíveis sintéticos fossem excluídos da meta de 2035. O que espoletou negociações de crise entre Berlim e Bruxelas.

Houve fumo branco este sábado, 25 de março, com o anúncio de um acordo entre a Alemanha e a Comissão Europeia, abrindo espaço à concessão exigida por Berlim: a de que os carros com motor de combustão movidos a eletrcombustíveis - um tipo de combustível sintético - possam continuar a circular pelas estradas além de 2035. A UE pretende alcançar a neutralidade carbónica em 2050.