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Trabalho

Classe social pode ser um ‘travão’ à progressão profissional

Origem socioeconómica pesa mais na evolução profissional do que o género ou etnia, aponta estudo da consultora KPMG

A classe social de um trabalhador pesa mais na sua progressão de carreira do que o seu género, etnia, orien­tação sexual ou, quando é o caso, grau de deficiência. A conclusão é de um estudo recente da consultora KPMG, que durante cinco anos analisou o percurso de progressão profissional de mais de 16.500 sócios e trabalhadores dentro da organização. Da análise resulta que, em média, um profissional de uma classe socioeconómica baixa demora 19% mais tempo a progredir na carreira do que um colega na mesma posição mas proveniente de um grupo socioeconómico considerado elevado.

Não é a primeira vez que a KPMG estuda internamente a diversidade nas suas equipas. Já em 2018 a consultora tinha realizado um estudo similar, que agora usou como base de comparação para avaliar a sua evolução nos principais indicadores relacionados com a igualdade em contexto de trabalho. A pesquisa agora realizada, em colaboração com o The Bridge Group, uma consultora sem fins lucrativos que usa a investigação para promover a igualdade social, aponta para melhorias, mas mostra que há ainda um longo caminho a percorrer.