As entidades do Grupo Crédito Agrícola promoveram um ajuste salarial que deixa os trabalhadores com um aumento final de 4,6%, acima do negociado no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do sector bancário, que ficou por aumentos de 4,5%.
Recorde-se que o CA tinha avançado com um aumento de 4%, abaixo dos restantes bancos como o Santander, BPI e Novo Banco, que fecharam acordo com os sindicatos nos 4,5%, tendo agora superado a fasquia.
Abaixo destes valor estão ainda os trabalhadores do BCP e do Montepio, cujos aumentos unilaterais se situam nos 3%.
É neste contexto que o CA, presidido por Licínio Pina, fixa “em 4,6% o aumento total das tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária para o ano de 2023”.
Em comunicado, nesta quarta-feira, o Crédito Agrícola sublinha que “o subsídio de alimentação já havia sido objeto de aumento para €11 diários, representando um aumento de 4,8%”.
Diz ainda que a “atualização dos abonos salariais será feita no corrente mês, com efeitos retroativos a Janeiro deste ano”, e adianta ainda que “adicionalmente o plafond do crédito habitação a colaboradores passará a ser de 225 mil euros a partir do mês de Novembro, com um aumento de 13,5%”.
Quando em meados de agosto o Expresso questionou o CA sobre se poderia chegar aos 4,5%, o banco respondeu prometendo acompanhar a situação.
“Estas medidas decorrem da necessidade de garantir a melhoria das condições de vida dos colaboradores, das entidades abrangidas e das respetivas famílias”, finaliza em comunicado.