Sistema financeiro

Juros dos depósitos a prazo recuam em julho pelo 19.º mês consecutivo

De acordo com o Banco de Portugal, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares cresceu 1.516 milhões de euros, para 12.164 milhões de euros

A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares caiu em junho pelo 19.º mês consecutivo, para 1,39%, atingindo o valor mais baixo desde maio de 2023, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Segundo o supervisor bancário, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares recuou em julho 0,04 pontos percentuais (p.p.) face a junho e compara com 2,63% no mesmo mês do ano anterior.

Esta é a remuneração mais baixa dos depósitos a prazo pelos bancos portugueses desde maio de 2023 (1,39%), depois de em dezembro do mesmo ano ter atingido um máximo de 12 anos de 3,08%.

Desde aí que esta taxa tem recuado de forma consecutiva.

No final de julho, o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares cresceu 1.516 milhões de euros, para 12.164 milhões de euros.

A taxa de juro média dos novos depósitos com prazo até um ano baixou 0,04 p.p. para 1,39%, tendo representado 95% dos novos depósitos em julho.

No quadro europeu, a média também registou uma queda, de 0,04 p.p. em julho, fixando-se em 1,77%.

Portugal subiu uma posição entre os países da área do euro, sendo agora o país com a quinta taxa mais baixa.

Junto das empresas, a remuneração média para depósitos a prazo passou de 1,71% em junho, para 1,66% em julho, tendo os novos depósitos somado 10.259 milhões de euros (mais 1.866 milhões de euros em cadeia.

Após um período de estímulo nas remunerações dos depósitos - com o aumento das taxas de juro diretoras -, a taxa de juro associada voltou a descer.