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O CEO é o limite

Pagos para não trabalhar: como as empresas se tentam proteger da fuga de trabalhadores para a concorrência

Acordos que limitam a saída de trabalhadores para integrarem empresas concorrentes, a troco de compensação financeira, estão a ganhar terreno e já não se aplicam apenas a gestores de topo

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Quando, em 2020, António Mexia e João Manso Neto foram afastados das funções que ocupavam na liderança da EDP e da EDP Renováveis, devido a investigações judiciais no âmbito do caso EDP, garantiram uma remuneração anual de €800 mil e €560 mil, respetivamente, nos três anos seguintes, apesar de já não exercerem funções na empresa. A compensação foi garantida como contrapartida para que nenhum dos dois gestores, durante esses três anos, pudesse trabalhar para empresas da concorrência.