O sentimento dos mercados permaneceu sob pressão, pois aumentaram as dúvidas sobre se o acordo nos EUA será alcançado até ao final do ano. Na Europa aguarda-se pela decisão de Monti, será ou não candidato às eleições extraordinárias em Itália (fevereiro de 2013).
Os índices americanos continuaram a absorver essa tensão mas conseguiram terminar em alta. O índice S&P 500 avançou 1,17%, o índice Dow Jones mais 0,43% e o Nasdaq Composite ganhou 1,67%.
Sete dos dez setores que compõem o S&P 500 terminaram em alta. Os ganhos foram mais significativos no setor financeiro, animado com os anúncios de fusões e aquisições. Os títulos da NYSE Euronext dispararam mais de 37%, depois da IntercontinentalExchange ter oferecido 8,2 mil milhões de dólares para a aquisição do maior grupo de mercados bolsistas do mundo.
O índice alemão DAX e o índice francês CAC avançaram pela quinta semana consecutiva, amealhando 0,52% e 0,50% respetivamente. O índice espanhol IBEX avançou 3,33% e o índice nacional PSI 20 valorizou mais de 1,21%.
O euro (EUR) fechou o período em análise praticamente inalterado face à divisa americana, numa semana marcada por um novo máximo em 8 meses neste par de moedas.
A compressão das yields na periferia e a subida expressiva nos mercados acionistas contribuíram para o sentimento mais otimista dos investidores. No entanto, alguma turbulência nos últimos dias da semana, explicada pelo impasse nas negociações quanto ao orçamento e teto da dívida nos Estados Unidos e pela estreiteza em termos de liquidez nos mercados, levaram à realização de mais-valias no EUR.
Destaque para as perdas do iene (JPY) e do dólar australiano (AUD). O Banco do Japão reforçou o seu programa de compra de títulos, cedendo à pressão do novo primeiro-ministro; o dólar australiano foi vítima da correção significativa no ouro na semana.
Agenda económica:
Os players de mercado vão continuar a acompanhar as negociações nos EUA sobre o Fiscal Cliff. Contagem decrescente para surgir um entendimento nos EUA, caso contrário entram automaticamente em vigor cortes cegos no valor de 600 mil milhões de euros.
Destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre da economia francesa e das vendas a retalho da Alemanha.
27-12-2012 Japão: Produção Industrial do mês de novembro (estimativa -0,5% e anterior 1,6%)
27-12-2012 EUA: Pedidos Iniciais de subsídio de desemprego da semana terminada a 22 de dezembro (estimativa 360 mil pedidos e anterior 361 mil pedidos)
27-12-2012 EUA: Vendas de casas novas do mês de novembro (estimativa 3,0% e anterior -0,3%)
28-12-2012 França: PIB do terceiro trimestre de 2012 (estimativa: crescimento de 0,1% face ao mesmo período do ano anterior e de 0,1% face ao segundo trimestre)
30-12-2012 Alemanha: Vendas a retalho do mês de novembro (estimativa 0,8% e anterior -2,8%)
31-12-2012 Portugal: Produção Industrial do mês de novembro (outubro: cresceu 4,9% face a setembro e recuou 4,3% face ao mesmo período do ano passado)
31-12-2012 Portugal: Vendas a retalho do mês de novembro (outubro: recuou 4,6% face a setembro e recuou 6,9% face ao mesmo período do ano passado)
31-12-2012 China: Atividade Industrial (HSBC Manufacturing PMI) do mês de dezembro - valor final (estimativa 50,9 e anterior 50,5 pontos)