Tudo começou no verão de 1973, num autocarro Mercedes carregado de tendas, fogões de campanha e mantimentos para farnéis, conduzido por Joaquim Pinto Lopes, e transportando um grupo ávido de ver como era a desconhecida Europa, nesses tempos em que Portugal estava fechado ao mundo. Esta seria a primeira excursão organizada da agência Pinto Lopes Viagens, que hoje se destaca a fazer circuitos culturais exclusivos em 150 países nos cinco continentes.
“O meu pai era o guia, motorista e cozinheiro, um homem dos sete ofícios. Os portugueses de classe média não tinham nos anos 70 um salário que lhes permitisse ir a Paris ou a Londres de férias, e as famílias na altura tinham mais filhos, por isso as viagens de autocarro, e dormindo em campismo, eram a solução”, conta o filho, Rui Pinto Lopes, que atualmente dirige a agência de família. “E estamos a falar de uma época de ditadura, complicada em termos de fronteiras, em que as estradas eram más”.