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Turismo

Os trabalhadores inesperados que os hotéis portugueses estão a empregar: matemáticos, engenheiros, atrizes ou mesmo vaqueiros

Num sector em crescimento, os hotéis estão a contratar pessoas com profissões inusitadas para a área, vindas de mundos diversos, da ciência às artes, da tecnologia à agricultura, entre outros. Histórias de quem encontrou uma segunda oportunidade de carreira, ou nunca imaginou “trabalhar em turismo”

Um cowboy alentejano na Vila Galé: José Candeias trabalha como vaqueiro na herdade em Beja. onde se insere o complexo Clube de Campo que integra três hotéis do grupo. “Cada vez há menos gente na região a fazer isto, é preciso gostar muito, dedicamos a nossa vida ao gado”
Ana Baião

Foi um trabalhador escolhido a dedo, pela sua experiência, num ofício pouco comum para um grupo de raiz hoteleira - mas que está apostado em fazer pontes com o mundo rural. José Candeias, vaqueiro desde sempre, foi contratado pela Vila Galé para tratar das vacas em pasto na sua herdade alentejana que integra três hotéis. Pela primeira vez tem de lidar no seu trabalho com constantes visitas de turistas. “É muito movimento aqui, normalmente os pastores e vaqueiros gostam de estar sossegados, mas os animais já se habituaram”, nota

O Expresso contactou uma série de trabalhadores com perfil ‘fora da caixa’ contratados a tempo inteiro pelos dois maiores grupos hoteleiros em Portugal - Pestana e Vila Galé - cujos capitais são exclusivamente nacionais, empregam no país cerca de 5 mil pessoas, e têm, no conjunto, mais de uma centena e meia de hotéis.