Acabaram de comer um pastel de Belém, como é recomendado por todos guias de Lisboa, e passeiam pela zona dos Jerónimos com ar visivelmente satisfeito. O casal Dennes e Rick, do estado de Nova Iorque, veio passar 10 dias a Portugal, e já foi ao Porto antes de chegar à capital. “É a nossa primeira vez aqui, estamos a adorar, e vamos voltar, oh yeah!”, garantem.
Dennes e Rick fazem parte da legião crescente de turistas norte-americanos que estão a acorrer a Portugal desde que acabaram as restrições de covid, e são os que mais estão a aumentar os gastos que contribuem para as receitas turísticas com peso nas exportações, gerando no ano passado 1,87 mil milhões de euros, segundo as contas do Banco de Portugal.
“Os turistas dos Estados Unidos foram o primeiro mercado de longa distância para Portugal em 2022, ultrapassando os do Brasil, e Lisboa já tem mais hóspedes americanos que ingleses, espanhóis, ou de qualquer outra nacionalidade”, enfatizou ao Expresso Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, sustentando que o disparo deste mercado “foi o que nos ajudou a recuperar tão rapidamente depois da covid”.
“São turistas que ficam muito tempo, percorrem todo o território, do Algarve ao norte, valorizam muito o património, e acima de tudo nota-se que existe uma estima grande do americano relativamente a Portugal”, resume Luís Araújo. “Continuamos a ver crescimento destes turistas em 2023, que atingiu 75% em janeiro e fevereiro, meses de época baixa, e temos muito ainda para crescer, principalmente de forma sustentada”.