Imobiliário

Juros na habitação caem pela primeira vez desde 2022

Desde março de 2022 que a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal não descia. Em fevereiro fixou-se em 4,641%

NUNO FOX

Em fevereiro, a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal caiu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,641%. São menos 1,6 pontos base que em janeiro (4,657%), mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira.

Se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses a taxa de juro é mais baixa e desceu pelo quarto mês consecutivo na comparação com janeiro. Segundo o gabinete estatístico, para estes contratos, a taxa de juro passou de 4,315% em janeiro, para 4,197% em fevereiro.

A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro também desceu pela primeira vez desde março de 2022, para 4,606% (4,623% em janeiro).

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro fixou-se nos 4,182%, inferior à registada em janeiro.

A prestação média desceu um euro, para 403 euros. Deste valor total, 248 euros (62%) correspondem a pagamentos de juros e 156 euros (38%) a capital amortizado.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 11 euros face ao mês anterior, para 628 euros em fevereiro.

O INE indica ainda que, no mês em análise, “o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 368 euros face ao mês anterior, fixando-se em 65.158 euros”. Já no caso dos contratos celebrados nos últimos 3 meses, “o montante médio em dívida foi 124.216 euros, menos 994 euros que em janeiro”.