O número de licenças de edifícios em Portugal voltou a recuar no primeiro trimestre de 2023. Depois de uma queda homóloga de 2,7% no último trimestre do ano passado, o número de licenças caiu 10,9% nos primeiros três meses do ano, face ao período homólogo, para os 6,2 mil edifícios, divulgou esta segunda-feira, 12 de junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A nível nacional, a grande maioria das licenças (76,1%) destinava-se a construção nova. Por sua vez, 81,7% destas licenças eram para habitação familiar.
Entre todas as regiões portuguesas, apenas as regiões do Algarve e da Madeira registaram um crescimento homólogo das licenças: a região mais a sul de Portugal Continental apresentou uma subida de 12,2% do número de licenças, ao passo que o arquipélago registou um crescimento de 1,6% face ao primeiro trimestre de 2022.
O número de licenças, entretanto, decresceu de forma mais acentuada na Área Metropolitana de Lisboa (15,7%), na região Norte (13,3%) e na Região Autónoma dos Açores (12,8%).
No que concerne ao licenciamento para reabilitação, este registou uma queda homóloga de 10,2%, depois de no trimestre anterior o ritmo de redução ter sido de 3,8%.
Nas construções novas, o número de edifícios licenciados caiu 11,1% face ao período homólogo, acelerando o ritmo de redução face à queda de 2,7% registada nos últimos três meses de 2022.
O Algarve foi a única região portuguesa a apresentar um aumento das licenças de construção nova, com uma subida de 12,6%.
Segundo o INE, o número de edifícios concluídos registou um recuo homólogo de 2,9%. No último trimestre de 2022, a diminuição tinha sido de 4,1%.
“A região Norte continuou a destacar-se com o maior contributo em todos os indicadores, sendo responsável por 39% dos edifícios licenciados, 41,1% dos edifícios licenciados para reabilitação e 46,9% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar”, avança o INE.