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Sector imobiliário ‘cobiça’ hospitais, quartéis, antigo prédio do Ministério da Educação e até uma prisão

Imóveis públicos com potencial para construção de habitação em zonas centrais de Lisboa e do Porto estão na mira dos promotores e investidores imobiliários

Tiago Pereira dos Santos

O Hospital Miguel Bombarda, o edifício do Ministério da Educação, na avenida 5 de Outubro ou o quartel da GNR no Cabeço de Bola Lisboa, são alguns dos imóveis devolutos na capital que os operadores do mercado imobiliário consideram mais aptos para fazer habitação. Já na Invicta, as fontes contactadas pelo Expresso destacam o edifício do antigo DRM – centro de recrutamento na Avenida de França, a antiga sede do Banco Nacional Ultramarino, na Avenida dos Aliados, ou prédio da Manutenção Militar em Massarelos, entre outros edifícios devolutos ou sem uso.

Estes imóveis constam, na grande maioria, das listas identificadas no DL 94/2019 e DL 82/2020, onde estão sinalizados alguns dos edifícios que o Estado já definiu como tendo aptidão habitacional para arrendamento acessível e que estão neste momento em várias fases de reconversão.

O Hospital Miguel Bombarda e o edifício do Ministério de Educação na 5 de Outubro, em Lisboa, são os primeiros a serem identificados como mais apetecíveis para a promoção imobiliária. Antiga unidade hospitalar, que consta da lista de edifícios que o Estado vai reconverter em parte para habitação, e que já tem Pedido de Informação Previa a aguardar aprovação na Câmara de Lisboa, para avançar com o projeto, como avançou o Ministério da Habitação esta semana ao Expresso.

Já a transformação do edifício da 5 de Outubro em residência para estudantes foi prometida recentemente pelo primeiro-ministro António Costa. O edifício está situado na freguesia das Avenidas Novas, onde o valor médio das rendas apurado pelo INE nos Censos de 2021 é de €669,41.