No ano passado os preços dos produtos agrícolas foram substancialmente mais altos que em 2021 em quase todas as categorias de produtos, mostram as primeiras estimativas do Eurostat. Os cereais foram os produtos com o maior aumento.
No geral, entre 2021 e 2022 os preços dos produtos agrícolas subiram 24% na União Europeia (UE).
Cereais, ovos e leite foram os produtos que registaram as maiores subidas de preço na UE, com aumentos de 45%, 43% e 31%, respetivamente. Estes três produtos registaram os maiores aumentos na Finlândia, França e Letónia.
No caso dos cereais, todos os países da UE registaram aumentos dos preços, sendo que as maiores subidas deram-se na Hungria (67%) e na Finlândia (70%). Nos ovos aconteceu o mesmo, com os maiores aumentos de preços a serem registados nos Países Baixos (68%), Bélgica (74%) e França (76%).
Também no leite todos os países da UE viram os preços aumentar, particularmente a Bélgica, Lituânia, Hungria e Letónia, cujas subidas superaram os 50%.
Em Portugal, segundo os dados disponíveis no Eurostat, os cereais registaram um aumento de preços de 51%, os ovos de 55% e o leite de 26,6%.
Além do aumento dos produtos agrícolas, a indústria sentiu na pele o aumento dos preços de fertilizantes e produtos para o solo em quase 90%.
Segundo o gabinete estatístico europeu, houve três situações que impulsionaram a subida dos preços destes produtos: a invasão russa da Ucrânia (dois países que, historicamente, são grandes exportadores de cereais); a seca; a pressão da inflação, nomeadamente os preços mais elevados no setor energético.