Para quem privilegia a segurança, certificados de aforro e depósitos a prazo são as tradicionais soluções de poupança. Contudo, quem entrar numa estação dos CTT em Junho com o objectivo de subscrever certificados de aforro da série C não deve levar grandes expectativas. A taxa de juro anual bruta para as subscrições realizadas em Junho será 1,318 por cento, o que significa ganhar num ano pouco mais de 10 euros por cada 1000 aplicados (se as taxas se mantivessem aos níveis actuais).
Sabe a pouco, mas é garantido e tendo em conta que Banco de Portugal prevê uma evolução negativa dos preços de 0,2 por cento em 2009, o produto assente em títulos de dívida pública nacional disponível nos CTT garante também ganho de poder de compra.
Uma vez que a fórmula de cálculo da taxa de remuneração dos certificados de aforro deriva da Euribor a 3 meses, se a tendência das taxas de juro for de descida, a remuneração dos certificados irá continuar a derrapar. No entanto, e também devido à fórmula, mesmo que a Euribor chegasse a zero, a remuneração dos certificados seria sempre positiva. Ainda assim, tal não quer dizer que sejam o melhor produto de investimento disponível, dentro das aplicações existentes sem risco.
Para aplicações a 1 ano, não é difícil encontrar soluções mais vantajosas. Por exemplo, o banco letão PrivatBank propõe um depósito a 12 meses com uma remuneração anual líquida de 4,8 por cento e o Banif paga 2,12 por cento líquidos, através do depósito Banif@st com o mesmo prazo. E, caso deseje imobilizar o capital apenas 3 meses, tem no Banco de Investimento Global e no Banco Best depósitos que oferecem taxas anuais líquidas de 2,4 e 3,2 por cento, respectivamente, para novos recursos. Se for este o caso, olhe também para o banco letão que tem um depósito a 3 meses com uma remuneração anual líquida de 4 por cento.
Produtos com maior retorno
Os depósitos permitem mais dinheiro em prazos mais curtos
Depósitos a 1 ano | Taxa de juro | Mínimo de constituição |
EuroDeposit PrivatBank |
4,80% | 500¤ |
Banif@st Banif |
2,12% | 500¤ |
NetPrazo Banco Popular |
1,64% | 500¤ |
Fonte: Bancos. Taxa de juro anual nominal líquida. 15 de Maio 2009. |
Alternativa nos fundos
Para quem não treme com uma subida no nível de risco, os fundos de tesouraria são mais uma alternativa aos certificados de aforro. Através de carteiras compostas maioritariamente por dívida corporativa de curto prazo, alguns destes fundos escaparam à toxicidade dos activos que poluíam os mercados. Por exemplo, o Espírito Santo Monetário, o Barclays Premier Tesouraria e o Montepio Tesouraria renderam no último ano mais de 2,30 por cento, já líquidos de impostos, incorrendo num risco baixo, de acordo com a classificação atribuída pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP). E, não foram os únicos. Na oferta de fundos de investimento estrangeiros por parte dos bancos online, apesar do último ano ter ficado para a história económica como um dos mais nefastos para os títulos de dívida, facilmente se encontram fundos da mesma classe de activos e de risco com rendibilidades anuais mais simpáticas que as obtidas nos certificados de aforro.
Tesouraria mais arriscada
Não foi um ano fácil, mas alguns fundos de tesouraria resistiram
Fundo | Investimento mínimo |
Rendibilidade 1 ano |
Espírito Santo Monetário Onde comprar: BES, Banco Best |
250¤ | 2,66% |
Balclays Premier Tesouraria Onde comprar: Barclays |
250¤ | 2,56% |
SGAM Fund Money Market Euro F Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best |
118¤ | 2,55% |
Parvest Short Term Euro L Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big |
206¤ | 2,43% |
Montepio Tesouraria Onde comprar: Montepio |
500¤ | 2,38% |
Invesco Euro Reserve Fund E Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big |
500¤ | 2,38% |
Fonte: Bloomberg. Rendibilidades em Euros líquidas de impostos. 15 de Maio 2009 |