Em abril deste ano, os clientes bancários que quisessem comprar casa no regime geral com taxa indexada à Euribor podiam sonhar com spreads mínimos abaixo de 1% em pelo menos 9 das 14 principais instituições a operar em Portugal. Agora, os aspirantes a donos de nova habitação com recurso ao crédito não vão conseguir encontrar mais do que três preçários que admitem a possibilidade de spreads abaixo de 1%.

BBVA, Deutsche Bank e Banco Popular são os bancos que mantêm as mesmas margens mínimas que tinham na altura em que a dívida portuguesa era visada nos mercados financeiros, valores mínimos entre os 0,35% e os 0,60%.

As maiores subidas nos intervalos mínimos e máximos de spreads aplicados aos clientes de menor e maior risco para os bancos, vieram do Barclays, que aumentou o preço do dinheiro dos 0,35% - 2,10% para os 1,15% - 3,35%, do Crédito Agrícola, que subiu o spread mínimo dos 1% para os 1,70%, e do Banco Português de Negócios, com subidas dos 0,95% - 3,10% para os 1,50% - 4,15%.