Se tivesse começado o ano com 5000 euros de poupança e chegasse ao final de 2010 com o mesmo dinheiro provavelmente teria perdido 0,8% do poder de compra. Por quê? Com a taxa de inflação na economia portuguesa a subir para 0,8% depois de ter ficado nos -0,8% em 2009, de acordo com as projecções do Orçamento do Estado de 2010, manter o dinheiro parado significaria conseguir comprar menos bens com os mesmos 5000 euros. Para manter o mesmo valor aquisitivo do dinheiro, seriam necessários mais 40 euros no final do ano, isto é, 5040 euros.

Entre os produtos financeiros menos arriscados, os depósitos a prazo permitem não só cobrir o aumento geral dos preços no país como também lhe oferecem mais algumas poupanças. Entre a oferta de 20 bancos nacionais, alguns depósitos apresentam taxas de juro bem acima dos juros no mercado como são os casos da oferta da banca online. Os 5% de taxa de juro anual que o Banco de Investimento Global (BIG) oferece aos novos clientes (a taxa Euribor para os mesmos 2 meses é de 0,522%) permite que um aforrador com 5000 euros tenha mais 33,33 euros passados 2 meses. Também o depósito a prazo do Banco Best precisa de apenas 3 meses para lhe oferecer 40 euros, já líquidos de impostos (20% de retenção), o que lhe permite deixar de se preocupar com as subidas de preços ao fim de 3 meses.

Curto prazo mais generoso

As melhores remunerações de depósitos estão principalmente nos prazos mais curtos, contrariando a estrutura das taxas de juro no mercado interbancário da Zona Euro, com as Euribores de menor prazo mais baixas do que as de prazo mais longo.

Alguns bancos, como o Barclays e o BIG, oferecem depósitos a prazo que permitem ter mais 80 euros na conta em 6 meses num depósito de 5000 euros (caso do depósito promocional do Barclays "Comece o Ano em Grande") enquanto outros oferecem juros já líquidos do fisco na ordem dos 40 euros para prazos de poupanças a 4 meses (Super Depósito 3% do BIG).