Há 35 anos que Maria Helena Ricardo e Maria Anunciação Pilar se dedicam à exterminação de pelos. As duas irmãs gémeas começaram com o Centro de Depilação Definitiva e há cerca de 20 anos adotaram uma denominação mais comercial - Clínica do Pêlo - que hoje conta com 19 espaços. Gerida por uma estrutura familiar (composta pelas duas gémeas e respetivos filhos), a Clínica do Pêlo sempre excluiu a hipótese de franchisar o negócio, ao contrário da maioria dos centros que se dedicam à fotodepilação. "Para nós, é importante conseguir controlar e acompanhar todas as nossas clínicas, o que dificilmente seria possível num franchising. Acreditamos que só com este tipo de estrutura é possível assegurar um controlo rigoroso e efetivo de todas as nossas técnicas e clínicas", justifica Maria Helena Ricardo.
A proprietária da Clínica do Pêlo avança que já teve várias propostas aliciantes para expandir o negócio em regime de franchising, nomeadamente para o Brasil e Angola, que foram rejeitadas. Em relação à expansão, é cautelosa nas palavras e na estratégia. "Não temos a pretensão de abrir desmesuradamente. Abrimos à medida que achamos sensato e se fizer sentido apostar numa determinada zona, que será rentável e útil para os nossos clientes", justifica Maria Helena.
Além do modelo de negócio, a diferenciação principal em relação à concorrência prende-se com o sistema utilizado. "A Clínica do Pêlo só trabalha com laser devido à qualidade e sucesso das sessões porque, de facto, luz pulsada e laser não são de todo a mesma coisa", sustenta Maria Anunciação Pilar, alegando que a luz pulsada apenas debilita o pelo, não o elimina. Catarina Borges, 33 anos, chegou à Clínica do Pêlo do Parque das Nações vinda de um centro de fotodepilação, cujo nome prefere não revelar. "Andava lá há dois anos e os pelos voltavam a crescer ao fim de um mês e meio. Aqui em muito menos tempo já vejo resultados", justifica a cliente que se encontrava na sala de espera da Clínica do Pêlo, no Parque das Nações, no dia da visita do Expresso. Aliás, situações de depilações alegadamente definitivas, que não são, é o motivo de queixa mais comum no Instituto de Defesa do Consumidor (Deco), contra este tipo de centros de estética.