O barril de petróleo norte-americano fechou ontem (10 de Março) em Nova Iorque nos 107,90 dólares no mercado "spot", mais um recorde histórico. No mercado europeu, a variedade "Brent" cotava-se a 104,84 dólares.
Apesar do apaziguamento da tensão na América do Sul, o preço não arrefeceu. Com o dólar em queda contínua e as bolsas em má situação, a especulação no crude não vai abrandar.
Não obstante a alta do preço do barril não ser linear, e evoluir em zigue-zague, com altos e baixos, os últimos quatro meses viram o preço "spot" subir de perto dos 95 dólares, em 12 de Novembro de 2007, para os actuais 107. A dinâmica altista está inclusive a acelerar, com uma subida de 7 dólares em apenas quinze dias, enquanto que a subida anterior de cinco dólares até ao patamar psicológico dos 100 levou três meses.
A manter-se este ritmo, e admitindo que altos e baixos ocorrerão, o barril poderá chegar ao patamar dos 120 dólares antes do Verão.
O Departamento de Energia norte-americano já avisou os automobilistas e os camionistas que o preço da gasolina na bomba poderá chegar ainda na Primavera aos 3,4 dólares por galão (ou seja, 89 cêntimos de dólar por litro, o que daria 0,58 cêntimos de euro, um valor comparativamente muito baixo em relação ao preço do litro na Europa).
O preço na bomba americana está nos 3,222 dólares por galão, em média. Uma verdadeira pechincha em termos europeus, mas o suficiente para criar um clima psicológico de pré-pânico num país habituado a uma gasolina barata.