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Administração Pública

Função Pública em greve esta sexta-feira por maiores aumentos salariais

Funcionários públicos vão estar em greve esta sexta-feira, com a exigência de maiores aumentos para o próximo ano no topo das reivindicações. Mas só os sindicatos filiados na CGTP avançam para o protesto. Estruturas da UGT ficam de fora

RODRIGO ANTUNES/LUSA

O anúncio foi feito logo a 9 de outubro, ainda antes da entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024), a 10 de outubro: a Frente Comum avançava para uma greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública. Com uma exigência no topo das reivindicações: maiores aumentos salariais para o próximo ano, considerando a proposta do Governo “miserabilista”.

Depois disso, nem a proposta do OE 2024, nem uma última reunião entre Governo e sindicatos, já depois da apresentação do documento, trouxeram novidades. O Governo manteve a atualização entre 3% e 6,8%, sendo tanto maior quanto mais baixo o salário. Com uma garantia: todos terão um aumento, no mínimo, de 52,63 euros mensais (em termos brutos), elevando a base remuneratória na Administração Pública (AP) para 821,83 euros. É um valor ligeiramente acima do salário mínimo nacional, que em 2024 subirá para os 820 euros mensais.

Mas estes valores ficaram muito longe da exigência da Frente Comum, de um incremento de 15%, com um limiar mínimo de 150 euros mensais. E os cálculos do Expresso indicam que só os salários mais baixos da AP vão sair do surto inflacionista sem perder poder de compra.

A greve é esta sexta-feira, mas avança apenas com os sindicatos da CGTP. As estruturas sindicais filiadas na UGT, que no ano passado assinaram um acordo plurianual com o Executivo de António Costa, ficam de fora.