O salário base é, em regra, a principal fatia do ganho que cada trabalhador traz para casa ao fim do mês. Mas, não é a única. É preciso contar também com prémios, subsídios (de refeição, férias ou Natal, por exemplo), suplementos (nomeadamente, associados a determinadas funções), e o pagamento de horas extraordinárias. E essas componentes extra remuneração base podem ter um peso muito diferente no ganho mensal, de trabalhador para trabalhador, consoante a carreira e o tipo de funções desempenhadas. É o que acontece na Administração Pública (AP), onde há diferenças muito pronunciadas.
Os dados da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), publicados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) indicam que em abril deste ano a remuneração base média mensal na AP era de 1637,7 euros, mas o ganho médio mensal (bruto) atingia os 1919,1 euros. Isto significa que as componentes extra salário base representavam 14,7% dos ganhos. Mas, esse peso é muito diferente de carreira, para carreira, oscilando entre pouco mais de 3% e quase 72%.