Há mais de duas décadas (excetuando o período da crise pandémica) que a taxa de poupança das famílias em Portugal não atingia um valor tão elevado, fechando 2024 nos 12,2% do rendimento disponível. É uma boa notícia para a economia portuguesa, já que o aumento da poupança pode potenciar o investimento. O problema é a forte aversão ao risco dos aforradores portuguesas e o fraco desenvolvimento do mercado de capitais. A poupança tem sido colocada, sobretudo, em depósitos bancários. Assim, só o canal do crédito da banca às empresas pode fazer chegar o dinheiro à economia real, o que não está a acontecer.